EDUCADORES DE ARTES

EDUCADORES DE ARTES
Foto do grupo de Educadores de Artes, reunido em SLG, com a Prof. Vanessa Steigleder

quinta-feira, 15 de julho de 2010

SUMIÊ

Sumiê


Pinturas fantásticas

A garotada do 5º ano adquire precisão e habilidade com o pincel ao retratar plantas e paisagens empregando a técnica do sumiê

Débora Didonê (Débora Didonê)



PRETO E BRANCO Plantas, como o bambu, são temas comuns do sumiê, surgido na China e difundido no Japão.

Com um pincel, tinta de carvão diluída em água e um pedaço de papel, um hábil pintor leva cinco minutos para concluir uma obra, com efeitos de profundidade, luz e sombra. Os movimentos do artista são precisos: as cerdas deitadas fazem surgir a copa de uma árvore e, em pé, a ponta do pincel risca galhos e contornos. Essas são as características do sumiê, que quer dizer “pintura com tinta”, em japonês (leia o projeto didático no quadro da página ao lado). A técnica se tornou assim conhecida por ter sido difundida no Japão a partir do século 14. A forma de expressão, porém, nasceu nos mosteiros budistas da China e foi reconhecida como estilo artístico durante a dinastia Sung (960-1274). Com traços semelhantes aos da caligrafia (em que cada ideograma pode simbolizar uma história), o sumiê tem como fundamento uma apropriação expressionista da natureza.



Conteúdo relacionado

• A classe vira ateliê

Atividades

• Ateliê na sala de aula

• Ateliê,  5º ano

A pintura chinesa herdou também da escrita os materiais, chamados de “os quatro tesouros do estúdio”: o pincel (ruan bi, ou “utensílio mole para escrever”), a tinta (barra de nanquim ou carvão diluído em água), o tinteiro e o papel. A qualidade da obra depende do uso dos objetos. Os pincéis podem ser grossos (para desenhar) ou suaves (para colorir), manipulados com mais ou menos pressão. O papel branco, leve e absorvente é chamado de xuan e geralmente tem como matéria-prima a amoreira, o bambu ou a juta. Mas suportes feitos de alumínio e cola também são usados para trabalhos com linhas finas. A tinta pode ser misturada com mais ou menos água para criar manchas e traços que conduzem às mais diversas formas, dependendo da intenção do artista.



Março de 1999

MOSTRA DE SUMIÊ

O pintor chinês Chen Kong Fang, radicado no Brasil desde 1951 e tido como um mestre na arte do sumiê, ganha uma mostra individual em Hong Kong.
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TEXTO FATIADO

Texto fatiado






Texto embaralhado

Patrícia Cordeiro Sbrogio*

Objetivos

• Estruturar textos de forma coerente e coesa.

• Refletir sobre os elementos responsáveis pela coesão dos parágrafos e construção do sentido do texto.



Ponto de partida

Texto completo



Garoto linha dura

Deu-se que o Pedrinho estava jogando bola no jardim e, ao emendar a bola de bico por cima do travessão, a dita foi de contra a uma vidraça e despedaçou tudo. Pedrinho botou a bola debaixo do braço e sumiu até a hora do jantar, com medo de ser espinafrado pelo pai.Quando o pai chegou, perguntou à mulher quem quebrara o vidro e a mulher disse que foi o Pedrinho, mas que o menino estava com medo de ser castigado, razão pela qual ela temia que a criança não confessasse o seu crime.O pai chamou o Pedrinho e perguntou: - Quem quebrou o vidro, meu filho?Pedrinho balançou a cabeça e respondeu que não tinha a mínima idéia. O pai achou que o menino estava ainda sob o impacto do nervosismo e resolveu deixar para depois.Na hora em que o jantar ia para a mesa, o pai tentou de novo: - Pedrinho, quem foi que quebrou a vidraça, meu filho? - e, ante a negativa reiterada do filho, apelou: - Meu filhinho, pode dizer quem foi que eu prometo não castigar você.Diante disso, Pedrinho, com a maior cara-de-pau, pigarreou e lascou:- Quem quebrou foi o garoto do vizinho.- Você tem certeza?- Juro.Aí o pai se queimou e disse que, acabado o jantar, os dois iriam ao vizinho esclarecer tudo. Pedrinho concordou que era a melhor solução e jantou sem dar a menor mostra de remorso. Apenas - quando o pai fez ameaça - Pedrinho pensou um pouquinho e depois concordou.Terminado o jantar o pai pegou o filho pela mão e, já chateadíssimo, rumou para a casa do vizinho. Foi aí que Pedrinho provou que tinha idéias revolucionárias. Virou-se para o pai e aconselhou:- Papai, esse menino do vizinho é um subversivo desgraçado. Não pergunte nada a ele não. Quando ele vier atender à porta, o senhor vai logo tacando a mão nele.

(Stanislaw Ponte Preta, Dois amigos e um chato. São Paulo, Moderna, 1995.)



Texto embaralhado

É necessário xerocar o texto em uma folha mais resistente do que a sulfite, depois é preciso recortar e montar um jogo para cada dupla ou trio da turma. Coloque os pedacinhos de texto em um envelope.



Garoto linha dura



Na hora em que o jantar ia para a mesa, o pai tentou de novo: - Pedrinho, quem foi que quebrou a vidraça, meu filho? - e, ante a negativa reiterada do filho, apelou: - Meu filhinho, pode dizer quem foi que eu prometo não castigar você.



Quando o pai chegou, perguntou à mulher quem quebrara o vidro e a mulher disse que foi o Pedrinho, mas que o menino estava com medo de ser castigado, razão pela qual ela temia que a criança não confessasse o seu crime.



O pai chamou o Pedrinho e perguntou: - Quem quebrou o vidro, meu filho?



Papai, esse menino do vizinho é um subversivo desgraçado. Não pergunte nada a ele não. Quando ele vier atender à porta, o senhor vai logo tacando a mão nele.



Terminado o jantar o pai pegou o filho pela mão e, já chateadíssimo, rumou para a casa do vizinho. Foi aí que Pedrinho provou que tinha idéias revolucionárias. Virou-se para o pai e aconselhou:



- Diante disso, Pedrinho, com a maior cara-de-pau, pigarreou e lascou:



- Quem quebrou foi o garoto do vizinho.



- Juro.



- Pedrinho balançou a cabeça e respondeu que não tinha a mínima idéia. O pai achou que o menino estava ainda sob o impacto do nervosismo e resolveu deixar para depois.



Aí o pai se queimou e disse que, acabado o jantar, os dois iriam ao vizinho esclarecer tudo. Pedrinho concordou que era a melhor solução e jantou sem dar a menor mostra de remorso. Apenas - quando o pai fez ameaça - Pedrinho pensou um pouquinho e depois concordou.



Deu-se que o Pedrinho estava jogando bola no jardim e, ao emendar a bola de bico por cima do travessão, a dita foi de contra a uma vidraça e despedaçou tudo. Pedrinho botou a bola debaixo do braço e sumiu até a hora do jantar, com medo de ser espinafrado pelo pai.



- Você tem certeza?



Estratégias

1) Organizar os alunos em duplas ou trios e entregar um envelope com texto embaralhado para cada grupo. Em seguida, oriente os alunos sobre a importância de observar atentamente cada parágrafo antes de montar o texto. Durante a realização da tarefa, observe as hipóteses levantadas pelos alunos para no momento da correção retomar dúvidas quanto à coesão e sentido do texto.



2) Realizar a correção oralmente e anotar na lousa as hipóteses e dúvidas da turma. Em seguida, entregue um texto completo para cada grupo e deixe que façam as correções e compreendam as escolhas do autor.



3) Retomar estudo sobre coesão e uso dos sinais de pontuação para construção dos sentidos do texto a partir do desempenho da turma.



Comentários

Após a montagem do texto, seria interessante propor algumas questões de interpretação e sugerir que os alunos continuassem o texto mostrando o que aconteceu quando o vizinho abriu a porta.



*Patrícia Cordeiro Sbrogio é formada em Letras pela Universidade de São Paulo e é professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino do Estado de São Paulo



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LEITURA DE IMAGENS

Plano de aula


• É grafite ou não é?

Objetivos

- Analisar criticamente imagens do cotidiano, procedentes de diversas fontes.

- Refletir e investigar o mundo imagético.

- Distinguir as finalidades de imagens: artística, propaganda ou documentação de fatos reais.



Conteúdo

- Leitura de imagens do cotidiano.



Anos

8º e 9º.



Tempo estimado

Quatro aulas.



Material necessário

Cópias da reportagem intitulada Richard Hamilton: Pensamento Contra a Avalanche de Imagens e da obra Olhe, Cheire, Ouça e Sinta (disponíveis aqui) e de O Que Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes? (disponível aqui), jornais, revistas antigas para recorte, cola, tesoura, cartolina, tinta guache (vermelho, verde, azul e preto) e pincéis largos.



Desenvolvimento

1ª etapa

Forme duplas e distribua folhas inteiras de jornal. O ideal é que a edição seja do dia para que os alunos analisem com base em suas percepções cotidianas. Peça que selecionem uma imagem, contornando-a com uma cor de tinta. Em seguida, solicite que façam uma leitura do jornal e debatam a relação da imagem com os textos. Pergunte se aquela imagem é uma fotografia, se acompanha uma reportagem ou se ilustra uma propaganda. Questione sobre os motivos que os levaram a escolher a imagem. Convide a turma a pintar toda a folha com a cor do contorno, deixando apenas a figura em destaque. Coloque todas as folhas no chão e observe o significado de cada imagem. Ele se transforma ao ser retirado do contexto original?



2ª etapa

Apresente a obra Olhe, Cheire, Ouça e Sinta e pergunte que mensagem ela transmite. Verifique se identificam uma representação da relação das pessoas com as imagens. Explique que aquela obra é de Richard Hamilton. Leia com eles o trecho da reportagem Richard Hamilton: Pensamento Contra a Avalanche de Imagens que fala sobre essa produção. Lance perguntas que provoquem reflexão sobre as relações entre as imagens e a publicidade e o consumo. Como ficam nossos outros sentidos diante dos apelos visuais? Por que da boca do homem saem pontos de interrogação? Por que o artista fez o trabalho em preto e branco? Volte à reportagem e destaque o trecho em que a análise do autor recai sobre a "avalanche imagética de cada dia".



3ª etapa

Distribua revistas antigas e conte que Hamilton realizou em 1956 a colagem O Que Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?. Antes de mostrá-la, peça que respondam: o que torna os lares de hoje atraentes? Discuta as respostas. Convide-os a fazer, individualmente, uma colagem para representar os lares de hoje. Terminadas as colagens, mostre a imagem de Hamilton. Proponha que, em grupos de quatro, apreciem as próprias produções e a do artista. Vale refletir sobre quais imagens foram escolhidas em 2010, as semelhanças e as diferenças e o que pode ser dito sobre as relações entre imagem e consumo. Solicite um texto opinativo sobre os conceitos aprendidos.



Avaliação

Analise a participação nas atividades e verifique se os textos desenvolvem análises sobre imagens do cotidiano e as relações com consumo.

Consultoria: Marisa Szpigel

Professora de Arte da Escola da Vila, em São Paulo, SP

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ATELIÊ ITINERANTE DE ARTES SOLBATT

Adaptado, carrinho de compras transporta recursos para a sala de aula, durante as aulas de ARTES.

A idéia é levar o máximo de recursos para a classe. Um ateliê itinerante, transportado de uma sala para outra a bordo de carrinhos, é uma excelente saída para escolas sem espaço exclusivo para a Arte. Por isso, a educadora Solange Battirola está programando para o segundo semestre 2010, contar com doações e patrocínios para montar nosso Ateliê Itinerante de Artes SolBatt, onde precisamos de um carrinho de supermercado, doado por uma entidade local, folhas de ofício, folhas de desenhos, cartolinas, EVA, tenaz, tesourinhas, pinceis atomicos, giz de cera, hidrocor, lápis de cor, tintas (guache, tecidos, vitral), pincéis e tudo que sua boa vontade possa doar.


A parceria com a turma também colabora para aumentar a variedade de recursos artísticos. Da casa dos pequenos, vêm gravetos, palitos de churrasco, papelão e jornal. Eles trazem também materiais como café, terra e outros pigmentos, que, misturados à água, viram tinta para pintar.


Situações didáticas de Arte, utilizando o Ateliê Itinerante:

1. Produção

O que é ?

Realização de atividades onde o aluno é chamado a criar, a produzir algum trabalho artístico. Seja desenhando, pintando, modelando, fotografando etc. As atividades de produção podem partir de propostas elaboradas pelo professor e podem se articular com a leitura de imagens. Neste caso é importante o professor escolher imagens cujas características despertem percepções específicas acerca de algum aspecto visual ou simbólico que se deseja trabalhar com os alunos.

Quando propor ?

Semanalmente.



O que a criança aprende ?

A reconhecer conteúdos e conceitos relativos a linguagem da arte.





2. Percurso de criação pessoal

O que é ?

Espaço e tempo de experimentação e criação. Para isso devem ser deixados à disposição diversos materiais (pincéis, tintas, lápis, giz de cera, papéis, argila). Cada aluno pode escolher o modo como vai utilizá-los e se produzirá sozinho ou em grupo. O educador orienta a criação, participando do processo com interferências pontuais, e observa no trabalho pronto as singularidades da produção e a familiaridade com o universo da arte. Quanto menor a autonomia da turma, maior a participação do professor no direcionamento das tarefas.



Quando propor ?

Semanalmente.



O que a criança aprende ?

A fazer um trabalho de autoria, imprimindo suas marcas subjetivas e expressando idéias e percepções.



3. Interpretação de imagens

O que é ?

Leitura de reproduções levadas para a sala de aula e de originais em exposições. É necessário criar situações de contato com a arte indicando o significado da pintura ou do desenho no contexto em que foram produzidos e incentivando a busca do sentido deles nos dias de hoje. “As poéticas visuais devem ser colocadas como uma situação de aprendizagem por meio da resolução de problemas e da descoberta ao mesmo tempo”, explica Rosa Iavelberg. Isso significa promover uma leitura criativa dando informações sobre as imagens sem se antecipar às colocações da garotada – esse é o momento de pensar e sentir.



Quando propor ?

Durante todo o ano em classe e em visitas a exposições.



O que a criança aprende ?

A interpretar as obras conforme sua sensibilidade e seu  conhecimento do assunto, percebendo que significados assumem para si e em diferentes culturas.



4. Fala, leitura e escrita sobre Arte

O que é ?

Expressão de idéias diante de criações artísticas e com intermediação do educador por meio de discussões, leitura e produção escrita. Vale estimular o contato com textos de diversos gêneros, como biografias de artistas, críticas de arte e entrevistas com profissionais – o que pode ser feito em parceria com a disciplina de Língua Portuguesa.


Quando propor ?

Durante o ano todo, sempre que forem programadas visitas a exposições, na leitura de imagens na sala de aula e em tarefas para a casa.



O que a criança aprende?

A expressar idéias sobre a leitura da arte por escrito ou oralmente e, com isso, avaliar o que está produzindo.

Objetivo:

Criar um ambiente adequado para o trabalho de arte visual.







Tempo estimado

O ano todo.



Material necessário

Tintas, papéis, pincéis, sucatas, um carrinho e caixas.



Conteúdos:
• Olhar criativo

• Diversidade de materiais, pluralidade de sentidos

• Pinturas fantásticas

• A classe vira ateliê

Atividades

• Ateliê, do 5º ao 9º ano

• Oficina de Desenhos Artísticos, com Ateliê Itinerante

Desenvolvimento

1ª etapa

Comece pensando nas possibilidades de reorganização do espaço para a aula de Arte, considerando o uso de carteiras e paredes. Explore também outras áreas, lembrando que é possível desenhar na areia, pintar sobre ladrilhos, riscar o cimento com giz e compor desenhos no chão com as folhas caídas de uma árvore.



2ª etapa

Utilize um carrinho para transportar tudo de uma sala para outra. Pode ser um carrinho de supermercado adaptado ou, ainda, uma caixa com rodinhas.



3ª etapa

Para evitar que a aula deixe "rastros", tenha à mão panos e jornais. Combine, ainda, que todos usem uma camiseta velha ou um avental na aula.



4ª etapa

Ajude os alunos a se familiarizar com o ateliê, ordenando os materiais por tipo (lápis e canetinhas de um lado, papéis de outro). Para incentivá-los a compartilhar, forneça copos descartáveis para dividir a tinta.



5ª etapa

Providencie um espaço para a apreciação montando uma grande bancada com mesas ou um varal para expor trabalhos.



6ª etapa

Pergunte o que é preciso fazer para que tudo fique arrumado e limpo no fim: lavar pincéis, jogar jornais sujos fora, guardar a tinta que sobrou, reorganizar carteiras, pendurar trabalhos prontos etc. Organize grupos e responsabilize cada um pela realização de uma dessas tarefas.



Avaliação

Avalie como os alunos lidam com a nova organização da sala e os materiais, verificando se devolvem tudo ao lugar e limpam os instrumentos adequadamente. Se nem todos tiverem finalizado suas produções, guarde-as para que possam continuá-las na próxima aula de ateliê.



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