Sumiê
Pinturas fantásticas
A garotada do 5º ano adquire precisão e habilidade com o pincel ao retratar plantas e paisagens empregando a técnica do sumiê
Débora Didonê (Débora Didonê)
PRETO E BRANCO Plantas, como o bambu, são temas comuns do sumiê, surgido na China e difundido no Japão.
Com um pincel, tinta de carvão diluída em água e um pedaço de papel, um hábil pintor leva cinco minutos para concluir uma obra, com efeitos de profundidade, luz e sombra. Os movimentos do artista são precisos: as cerdas deitadas fazem surgir a copa de uma árvore e, em pé, a ponta do pincel risca galhos e contornos. Essas são as características do sumiê, que quer dizer “pintura com tinta”, em japonês (leia o projeto didático no quadro da página ao lado). A técnica se tornou assim conhecida por ter sido difundida no Japão a partir do século 14. A forma de expressão, porém, nasceu nos mosteiros budistas da China e foi reconhecida como estilo artístico durante a dinastia Sung (960-1274). Com traços semelhantes aos da caligrafia (em que cada ideograma pode simbolizar uma história), o sumiê tem como fundamento uma apropriação expressionista da natureza.
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• A classe vira ateliê
Atividades
• Ateliê na sala de aula
• Ateliê, 5º ano
A pintura chinesa herdou também da escrita os materiais, chamados de “os quatro tesouros do estúdio”: o pincel (ruan bi, ou “utensílio mole para escrever”), a tinta (barra de nanquim ou carvão diluído em água), o tinteiro e o papel. A qualidade da obra depende do uso dos objetos. Os pincéis podem ser grossos (para desenhar) ou suaves (para colorir), manipulados com mais ou menos pressão. O papel branco, leve e absorvente é chamado de xuan e geralmente tem como matéria-prima a amoreira, o bambu ou a juta. Mas suportes feitos de alumínio e cola também são usados para trabalhos com linhas finas. A tinta pode ser misturada com mais ou menos água para criar manchas e traços que conduzem às mais diversas formas, dependendo da intenção do artista.
Março de 1999
MOSTRA DE SUMIÊ
O pintor chinês Chen Kong Fang, radicado no Brasil desde 1951 e tido como um mestre na arte do sumiê, ganha uma mostra individual em Hong Kong.
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quinta-feira, 15 de julho de 2010
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